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Foto do escritorJosé Tavares

Um dos meus dias mais longos, trabalhosos e emotivos

Atualizado: 2 de jul.


Foi há 47 anos, 29/06/1977, na defesa de doutoramento na Universidade Católica de Lovaina numa das salas do Instititut Superieur de Philosophie pelas 21 horas, o último acto académico desse ano letivo. Saí de Versalhes, França, pelas 9 horas, ao volante do automóvel. Almocei num dos restaurantes da autoestrada Paris/Bruxelas. Pelas 16 horas encontrei-me com o orientador de tese, Jacques Taminiaux, em Lovaina, que já não via há uns dois meses. Disse-me que estava tudo em ordem para as provas. Jantei, um pouco mais cedo, num dos meus bares de fim de tarde na cidade, perto da Reitoria da Universidade. Pelas nove da noite fui para junto do salão que estava indicado para as provas. Às 21 chegaram os membros do júri, o Presidente do Institut, Professor van Riet, meu professor, que perguntou: "oú est la victime?!". Vinha acompanhado dos Professores Jacques Tminiaux e Jacques Schotte, também meus professores e o Professor Leornardo, um pouco mais jovem. Comecei por fazer uma breve apresentação da tese com o título: Le langage de l'autre chez Emmanuel Levinas e Jacques Lacan" um assunto de difícil abordagem e bastante polémico, antes da discussão. Correu bem, embora as minhas posições não eram muito coincidentes com alguns elementos do júri que, porventura, me prejudicaram na avaliação final: aprovado com distinção. Após as provas retomei o votante do automóvel e voltei para Versalhes onde cheguei pelas 3 horas da madrugada. Desde então, a festa de S. Pedro trás-me esta vivivência que acabou por ser também uma grande aventura que recordo com saudade sobretudo quando enfrento uma tarefa que exige um pouco mais de esforço, resiliência e determinação.

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